terça-feira, 26 de janeiro de 2021

O PENSAMENTO NO ESPELHO

O poeta é um fingidor diz o Pessoa.

Como o professor,

inspira, provoca,

propõe novos olhares.

 

O Professor é um contador de histórias,

diz a escola.

Como o poeta, expõe as belezas do mundo,

cria, escreve, interpreta,

reescreve, recria, replica.

 

Na seara da vida,

duas veredas paralelas:

a prática docente e sua formação.


Placa Mãe com duplo processador.

Planeja, atua, analisa a ação:

objetivos, conteúdos, estratégias, avaliação.

 

Registro do aprendizado, da interação: REFLEXÃO

 

Paro, penso, revejo!

[Re]começo!

O que? Para quê?

Por quê? Como? 

Com quem?

 

No espelho há processos,

a aprendizagem tem facetas.

Meta de dentro pra fora,

e de fora para dentro:

 

Autoconhecimento,

autorregulação.

A inquietação

em busca de vir a ser.

 

Paro, analiso, percebo!

Como vejo o que vejo?

Faço assim, faço assado?

Objetivos, observação

procedimentos, avaliação.

 

Sair do lugar comum,

Fugir da zona de conforto.

“É que Narciso acha feio

O que não é espelho.”

 

Metacognição:

escrever, anotar, rascunhar

questionar, relacionar, memorizar,

refletir sobre processos,

desfazer nós e embaraços,

encontrar o próprio caminho,

entender o saber.

 

Processos interpessoais,

encontros coletivos.

 

Penso, elaboro, revejo e retomo.

reelaboro, reflito, e de novo reaplico,

 

Assim,

nesse fluxo perene

de pensar sobre o pensar,

é que existo, resisto,

posso me superar,

surpreender, criar,

renovar!

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