quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

INTRÍNSECO ou PARADOXO DE UM ATOR

Ser-ator
Ato de ser
fingir o ser
controle de não ser


eixo – respiração - corpo

intro-extroversão
eu dentro de mim
eu fora de mim
eu, não-eu
o outro
o outro eu
ser, estar

um grito

eu alerta
eu em jogo
generosidade
entregar-se no limiar...

razão
sentimento
sensorial
intuição

Oh, anima rebelde!
Oh, animus incontrolável!

o corpo sutil
sutil – não sutil

queridas oposições...
gosto dos opostos...
cair para subir
subir para descer

dialética
retórica
fenomenologia
cibernética

vamos abolir as desculpas
descontrole de ser
controle de não ser

minha coluna lhe saúda
meus órgãos me sustentam

tempo
ritmo
pulsação
melodia
silêncio
vibração

nossa casa de infância
eu dentro de mim
sotão
espaços
vazios
sensação
gavetas
divagação
portas
lembranças
solidão

eu te odeio!
eu te amo!

(Poema criado durante processo visceral de pesquisa do trabalho do ator, realizada no Teatro Fábrica em São Paulo)